segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Festa

Passei azeite nos braços dela e corri minha mão por eles, fazendo escorrer pro chão, pro meu corpo. Aí nos abraçamos e beijamos. (E a lua dentro dela era cheia) Jogamos um plástico pro mato e nos deitamos lá. Brincávamos de fungar um o outro, de sorrir, de se encostar e se esfregar com força. Era intenso, bruto e carinhoso. Um preencher e esvaziar quase convulsivo. Um festejar sagradejante, uma ovação do agora.

O sexo veio por último. Uma dança que se atrapalhava e se sincronizava, como harmonia e melodia numa música, cheia de instrumentos de sopro, cordas e percussão. Intuitivamente afinados.

Nossos gozos
coincidiram
com uma chuva torrencial
que veio pra amansar
o quente da noite
e lavar,
de alto a baixo,
nosso ser.